A experimentação.
Inicie o ciclo de suas mudanças, comece a experimentar novas experiências. Inicie devagar; você pode começar pelos lugares que sempre teve vontade de ir, mas que as limitações de suas crenças o impediram até aqui. Rompa a barreira do bloqueio que lhe impuseram e, simplesmente, tenha coragem e abra a porta.
Nesse momento, você rompe o véu e, com certeza, terá duas opiniões: uma antes da abertura da porta e outra após ter adentrado o ambiente.
Depois de se acostumar a conhecer aqueles lugares que sempre desejou, você será diferente daquela pessoa que, até então, não tinha essa coragem.
O próximo passo: vá conhecer lugares que, pela limitação do seu conhecimento, julga antagônicos às suas crenças. Tenha coragem, bata na porta. Depois de algum tempo, novamente notará que terá agora duas opiniões: uma anterior à coragem de ter conhecido e outra após a experimentação do que era desconhecido.
É certo que, em alguns lugares, absorverá ensinamentos que levará para o resto da vida, assim como vivenciará experiências que não quererá repetir. Mas o simples fato de ter aprendido uma única lição já vale todo o processo iniciático.
Vez ou outra, mude o caminho em direção ao seu templo e visite o templo do seu vizinho. Busque novas experiências, novos caminhos, diferentes conhecimentos, novos lugares, novas estradas, desafios diferentes. Familiarize-se com o desconhecido e fique com o que faz bem ao seu espírito; seu corpo demonstrará os lugares que lhe fazem bem ou mal.
Mudar não significa abandonar suas convicções; trata-se mais de agregar novos conhecimentos às suas experiências. A experimentação proporciona que o acúmulo de conhecimento se transforme em sabedoria.
Não tenha medo de andar no jardim secreto da experimentação. Entenda o sistema de crenças, daqueles que pensam diferente de você, mas que, ainda assim, são seus irmãos terrenos.
Entenda que, antes dos rótulos das religiões, sempre existirão pessoas que amam, sofrem, e cada uma é um universo particular, onde você terá a oportunidade única de aprender com esses maravilhosos professores. Alguns deles vão lhe ensinar o que não fazer, e outros lhe darão sábias lições que mudarão sua vida. Note que não estamos falando de religiosos, mas de pessoas.
A que religião a pessoa pertence não importa e certamente é secundário. Cada um de nós experimentou uma variedade de experiências, e o encontro dessas pessoas forma o verdadeiro aprendizado.
Tudo o que vai acontecer já aconteceu. As lições do passado devem nos servir como bússola para o futuro.
Se você nunca esteve no mar, conhecerá o mar apenas pelo que lhe falaram dele. Conhecer através do que os outros dizem é um conhecimento raso, que é muito diferente de mergulhar no mar, experimentar o cheiro, o gosto, enxergar todo o ecossistema ao seu redor.
A verdadeira experimentação está no mergulho, no adentrar o ambiente, em compartilhar conhecimentos in loco, não apenas ouvir falar, mas viver a experiência na totalidade da palavra.
Após vivenciar a experiência real, verá que só após ter tido contato com aquela realidade, você poderá entender aquela cultura. Fazer isso é totalmente diferente de conhecer pela opinião dos outros, pelo ouvir falar, que é meramente especulativo. Viva a experiência e absorva a egrégora de onde estiver.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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