A história do Dia dos Mortos

Tradição de origem mesoamericana, particularmente associada ao México, com fortes raízes na cultura indígena, especialmente nas civilizações asteca, maia e tolteca.

Quando os espanhóis chegaram à América no século XVI, tentaram proibir os rituais indígenas. Com o tempo, no entanto, as práticas se mesclaram com o catolicismo. Essa fusão incorporou elementos da tradição católica, como o Dia de Finados. No México, as festividades do Dia dos Mortos são praticadas principalmente entre os católicos, que representam a maior parte da população.

Algumas comunidades indígenas celebram o Dia dos Mortos de forma mais espiritual e com reverência à sua ancestralidade, incluindo povos como os maias, os zapotecas e os mixtecas, que mantêm vivas as antigas tradições de culto aos mortos.

Normalmente, protestantes, judeus e muçulmanos não participam dos festejos de forma ritualística, apenas acompanhando o caráter cultural da festa.

É feita a preparação de altares em casas, cemitérios e espaços públicos, com vários níveis que visam representar os dois mundos. São colocados velas, flores, fotografias e até as comidas preferidas do falecido como forma de homenageá-los.

Entre as comidas mais tradicionais estão o “pan de muerto” (pão de massa doce em formato de ossos), tamales, frutas e bebidas como tequila, mezcal ou atole. As oferendas de comida simbolizam a continuação da vida, pois acredita-se que as almas absorvem a essência dos alimentos.


Nesse dia, muitas famílias visitam as sepulturas de seus entes queridos, fazem decorações, banquetes, e rememoram a história dos falecidos, em uma verdadeira festa e reverência à ancestralidade.

As pinturas nos rostos e suas cores


As pinturas no rosto remetem às “calaveras” desenhadas por José Guadalupe Posada, um famoso gravurista mexicano do século XIX. Sua obra mais icônica, “La Calavera Catrina”, é uma caveira elegante e bem-vestida que simboliza a igualdade de todos perante a morte, independentemente da classe social.

Cores e seus significados:
Preto: É a cor predominante usada para os contornos da caveira, representando a morte.
Branco: Simboliza pureza e o desejo de manter viva a memória dos que partiram.
Laranja e Amarelo: Inspiradas nas flores de cempasúchil, representam a luz e a vitalidade, ajudando a guiar as almas.
Vermelho e Rosa: Usadas em detalhes que representam amor e alegria.

Alguns elementos colocados no altar


O sal é usado para purificação e forma de proteção. Ele impede que as almas se “corrompam” no seu caminho entre o mundo dos vivos e dos mortos, mantendo-as puras durante sua visita.

A água representa a vida e tem a função de saciar a sede das almas que vêm de uma longa jornada para visitar seus entes queridos. Também simboliza a pureza.

As velas representam a luz, que tem a função de guiar as almas até o altar. Cada vela pode simbolizar uma alma específica a quem se dedica o altar.

O incenso tem a função de purificar o ambiente e elevar as orações. Ele também ajuda a afastar maus espíritos, permitindo que as almas dos entes queridos venham em paz.

Esses rituais têm um fortíssimo simbolismo, pois acredita-se que, durante esses dias, o mundo dos vivos e dos mortos se aproxima, permitindo que as almas dos falecidos retornem para estar com suas famílias.

Artigo: Irmão Barbosa


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O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?