A Teoria do Meio-Termo
Nosso meio nos doutrina a trabalhar para conseguir coisas. A “matrix” produz a publicidade necessária para prolongar indefinidamente o ciclo de nosso sofrimento, através de novas expectativas de coisas e situações paliativas, onde aparentemente essas saciariam as nossas necessidades.
Cria-se a ilusão temporária de que, se tivéssemos aquilo que ambicionamos, resolveríamos nossos problemas. Passado o ápice da aquisição, outra peça publicitária é criada, mostrando algo novo e melhor do que o que você adquiriu. Novamente, você gerará sofrimento à sua persona, trabalhando duro para conseguir o objeto do seu desejo.
E assim você andará em círculos até o último dia de sua vida. O sistema precisa girar a economia para que a conta seja paga, e, sem se dar conta, você é a engrenagem que faz tudo isso funcionar.
Aqueles que se revoltam contra a “matrix” também devem tomar cuidado, pois existe uma armadilha escondida: quando você pensa que se libertou e começa a viver a sua vida, o sistema lhe mostrará as maravilhas desse mundo, fazendo-o acreditar que agora você tem que fazer tudo que lhe agrada.
Essa armadilha o empobrecerá, fazendo com que você tenha que trabalhar dobrado para conseguir pagar tudo que ficou para trás. Isso trará mais sofrimento, tornando sua existência triste e sem sentido. Para isso, devemos praticar um ensinamento.
A Teoria do Meio-Termo
Quem trabalha demais ficará pensando: “Eu poderia ter viajado e curtido a minha vida.” Se assim o fizesse, estaria agora preocupado com os gastos e com suas atividades. Sempre que estamos felizes com algo, existe a mesma parte em preocupação e questionamentos. O inverso também é uma realidade.
Portanto, devemos praticar a teoria do meio-termo: trabalhe duro, mas descanse bem; economize dinheiro, mas vá viajar; preocupe-se com as coisas, mas tire um tempo para você. Contrabalancear os dois polos é possível e fará com que você equilibre sua vida.
Se custar o seu sossego, não faça. Para cada trabalho, dê-se de presente uma recompensa; para cada tristeza sofrida, procure algo para se alegrar. Tudo que te atrapalha deve ser contrabalanceado com algo que te ajude.
Se está em um ambiente tóxico, saia para um ambiente acolhedor; se os inimigos aparecem, procure abrigo com seus amigos. Equilibre-se; quando o mal se apresentar, procure o bem.
Procure sempre o meio-termo das coisas e das pessoas à sua volta. Esteja próximo daquilo que lhe falta; se conseguir, agradeça; caso não consiga, não se culpe; deixe as coisas fluírem naturalmente. O importante é estar em movimento.
Foi traído(a)? Afaste-se e recomece. As pessoas não te valorizam? Procure quem o faça, mas primeiramente valorize-se. Está insatisfeito com sua vida? Faça coisas diferentes.
Está com depressão? Procure pessoas que não são depressivas. Está com fome? Procure comida. Está cansado? Procure repouso. Está infeliz? Procure pessoas felizes. A egrégora do ambiente transmutará sua realidade.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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