O Criador do Criador: Matéria Escura e Energia Escura
Uma teoria ainda mais ousada sugere que:
Tommi Tenkanen, pesquisador finlandês pós-doutorando na Universidade Johns Hopkins, nos EUA, publicou um artigo na revista Physical Review Letters, onde sugere que a matéria escura pode ser composta por partículas escalares, semelhantes ao Bóson de Higgs. Isso implicaria que a matéria escura surgiu antes da matéria comum, uma vez que, sem o campo de Higgs, não existiriam átomos, estrelas, nem nada do que possamos conhecer como matéria.
O que é a matéria escura:
Superior em quantidade a tudo que compõe a galáxia e o universo visível, a matéria escura é imperceptível, pois não interage com a luz, com outras matérias e nem consigo mesma, sendo totalmente indetectável por nossos sistemas de tecnologias atuais.
Os cientistas conseguem teorizar sua existência porque ela interage gravitacionalmente com outros objetos. Com essa magnitude gravitacional, é capaz de manter grupos galácticos aglomerados e em movimento. Estudos indicam que a matéria escura representa aparentemente mais de 84% de toda a matéria do cosmos.
Alguns cientistas acreditam que a matéria escura pode ter surgido antes do Big Bang e que a inflação cósmica teria acontecido antes, não depois. Dessa forma, estão teorizando uma nova forma de pensamento que poderá gerar uma nova teoria científica.
A energia escura, por outro lado, é uma forma de energia hipotética que permeia todo o espaço e atua de maneira oposta à gravidade, acelerando a expansão do universo. Ao contrário da matéria escura, a energia escura não exerce uma atração gravitacional, mas sim uma repulsão, que faz com que as galáxias se afastem cada vez mais rápido.
A energia escura é responsável por aproximadamente 68% do universo, tornando-se a maior fração do seu conteúdo total.
Resumindo:
A matéria escura puxa gravitacionalmente, mantendo as estruturas como as galáxias unidas. A energia escura empurra, acelerando a expansão do universo. Esses dois componentes juntos somam cerca de 95% do universo, deixando apenas 5% para a matéria visível, como estrelas, planetas e tudo o que conhecemos.
Matéria escura (27%): Não emite ou interage com a luz diretamente, mas sabemos de sua existência pelos efeitos gravitacionais que exerce sobre a matéria visível.
Energia escura (68%): Uma forma de energia que acelera a expansão do universo, cujo mecanismo e composição ainda são pouco compreendidos.
Portanto, quando falamos que só conhecemos 5% do universo, referimo-nos à parte que conseguimos observar e estudar diretamente, enquanto o restante continua sendo um mistério investigado pelas ferramentas da física moderna.
A escuridão tem muito a nos ensinar; estamos 95% no escuro de um pálido clarão da luz do entendimento. O que expande o universo (leia-se: acelera) é a energia escura. Sabemos que luz e escuridão não podem habitar na mesma sala, ao passo que a matéria escura não emite ou interage com a luz diretamente, mas sabemos de sua existência pelos efeitos gravitacionais que exerce sobre a matéria visível.
Entendimento:
A ordem vem do caos. Vejamos:
A ideia de que a ordem vem do caos aparece em várias áreas. Na física e na cosmologia, o universo surgiu de um estado caótico para se organizar em planetas e galáxias. Na teoria do caos, sistemas aparentemente desordenados seguem padrões ocultos. Em biologia, a evolução transforma mutações aleatórias em formas de vida complexas. Filosoficamente, crises podem levar a novas estruturas. Em muitos contextos, o caos inicial pode dar origem à ordem, guiado por regras e processos naturais.
Um questionamento filosófico:
Você já viu regras se criarem sozinhas? A ciência diria:
Regras podem emergir espontaneamente em sistemas complexos como resultado das interações entre seus elementos, sem intervenção externa. Embora não surjam do nada, essas regras são respostas a processos e propriedades naturais que se desenvolvem ao longo do tempo.
Embora não surjam do nada, levaria a mais uma resposta científica:
A auto-organização é um fenômeno onde sistemas naturais seguem padrões e regras sem uma organização central. Exemplos incluem a cristalização, padrões de pele de animais, conexões neuronais no cérebro e fluxos em fluidos. Esses padrões surgem espontaneamente e são regidos por leis físicas e matemáticas.
Chegamos a um ponto interessante, onde se diz que os padrões surgem espontaneamente e são regidos por leis físicas e matemáticas.
Em contraposição a essa ideia, chegamos ao seguinte pensamento:
O princípio da inércia indica que nada se move ou organiza sem uma força externa. Aristóteles, com seu conceito de Motor Imóvel, propôs uma causa inicial para toda ordem e movimento, sugerindo que a auto-organização depende de uma causa primária para ocorrer. Ou seja, a organização requer uma “causa” externa.
A segunda lei da termodinâmica indica que a desordem tende a aumentar, tornando a organização espontânea improvável sem energia externa. Na biologia, a complexidade celular, guiada pelo DNA, também aponta para a necessidade de uma orientação para alcançar a organização.
Note que falamos sobre energia externa e a necessidade de uma orientação. A última pergunta é: a auto-organização é regida por várias leis; qual a inteligência inicial que projetou e colocou essas leis em funcionamento? Esse é o mistério que a ciência ainda não foi capaz de desvendar. Teoricamente, estamos 95% no escuro, e conforme a própria ciência avança, poderá ser revista.
A ciência moderna explica como essas leis funcionam e descreve os fenômenos do universo com base nelas, mas não responde diretamente por que essas leis existem ou o que as teria projetado.
O cerne da questão: Quem as teria projetado? Fechamos nosso entendimento da seguinte maneira:
Da vastidão do universo, a própria ciência ainda tem um pálido clarão de entendimento. Os mistérios maiores estão no oculto, a serem descobertos no futuro, o que fará a própria ciência rever muito do que já foi estudado. Novos entendimentos serão formulados e até reformulados.
Eliphas Levi acreditava que a ciência espiritual complementa a ciência tradicional, indo além do mundo material para revelar verdades universais. Ele defendia a união das duas ciências para uma compreensão mais completa dos segredos do universo, ainda não desvendados pela ciência tradicional.
E, por fim, quando entendermos as leis da natureza, entenderemos a criação ou o criador. Os homens de fé o chamarão de Deus, e os estudiosos o chamarão de ciência.
Artigo: Irmão Barbosa.
Continuação do artigo, na próxima postagem, 6/7
+ artigos, acesse: https://toleran.org
Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
Saiba + sobre o Tolerâncialismo: