O Elo Perdido Entre Deus e o Ateísmo.

O filósofo racionalista Baruch Espinoza, nasceu em 1632 em Amsterdã na Holanda, de família judaica, foi preparado para ser um líder religioso, um rabino. Espinoza acreditava que: entender às leis da natureza, era o mesmo que entender a Deus.

Espinoza defendia o panteísmo, uma crença em que Deus está em todas as coisas e em todos os lugares. Eliminando a dualidade de sagrado e profano, se Deus está em todas as coisas, ele também habitaria em ambos os polos, independente da crença ou não na dualidade, haja vista ele estar em tudo.

Deus estaria em toda a matéria e em todo pensamento. Portanto, Deus seria uma substância material pensante. Deus seria então tudo o que acontece, desde a palavra suave que dizemos a alguém que amamos, a um ato de violência cometido por impulso.

Se à partir dessa linha de pensamento, Deus é tudo o que acontece, Deus seria as 12 leis naturais, e as 21 sub-leis que regem o universo. Deus seria as leis da física, em resumo se Deus está em tudo e todos, ele também se apresenta em tudo que matematicamente pode ser provado pela ciência, e nos mistérios que a própria ciência ainda não consegue explicar.

Portanto, entendo que: o conjunto dos processos e sua interconexões são Deus.

A visão de Baruch Espinoza.

Espinoza refutava o tradicional meio religioso, negando a existência de demônios, revelações do divino, e de um Deus julgador. Crenças essas que levaram, Spinoza a ser condenado por praticamente todos os líderes religiosos de sua época.

Foi duramente criticado, difamado e expulso do judaísmo, desejaram que a fúria de Hashen, o queimasse e reprimisse, e que todas as maldições do Torá recaíssem sobre ele. Para Espinosa mente e corpo não eram coisas distintas, seriam aspectos indissociáveis.

Tudo que pensamos ser sólido, na verdade é energia densa, o pensamento de Espinosa estaria correto, nosso espírito seria energia, e o nosso invólucro corpóreo também.

Entendendo que tudo que ocorre com nosso corpo, será sentido pela mente seja em forma de emoções ou pensamentos, assim como emoções e pensamentos vão influenciar em nossa matéria corporal.

Espinoza entendia que Deus seria uma substância material pensante, que está presente em tudo e todos, logo se entende que o homem também, seja essa substância material pensante.

Sendo que matéria, pensamento, corpo e mente, são indissociáveis um do outro, não podendo ser pensados separadamente.

Notem que ao quebrar o padrão de controle, imposto pela religião, essa tenta destruir seus opositores, os líderes tentam fazer de sua própria vontade, como se fosse a palavra do próprio Deus, e incriminar seus antagônicos.

Deus é a substância primordial, da qual vem todas as outras.

O simples fato de religiosos e ateus, estarem discutindo Deus, isso o materializa.

Por outro lado, como tentar explicar algo, que não pode ser explicado por processos anteriores. Dessa forma entendemos que às leis da física não podem explicar a criação do universo com exatidão, apenas a teorizam.

Albert Einstein, uma das mentes mais brilhantes da humanidade,  ao ser questionado se acreditava em Deus, disse: eu acredito no Deus de Espinoa.

A quem diga que o texto foi escrito pelo autodeclarado médium mexicano Francisco Javier Ángel Real, conhecido pelo pseudônimo de Anand Dilvar.

Conforme escreveu Einstein, “acredito no Deus de Spinoza, um Deus que se manifesta na harmonia de tudo o que existe, e não num Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens”. Para Spinoza, as próprias leis da natureza podiam ser identificadas com a mente de Deus.

A seguir ouviremos o áudio, o Deus de Spinoza, mesmo que atribuído ao mexicano Francisco Javier Ángel Real, nos traz uma concepção diferente do criador das tradicionais escrituras, romantizando e dando voz a um Deus antagônico ao descrito nas religiões.

Concluo que religiosos e ateus, dão nomes diferentes para o grande geômetra, os religiosos o chamam de Deus, Hashen, Jeová, Olorum. E os ateus também acreditam em Deus, apenas o nominam de forma diferente, o chamando de ciência.

Sendo Baruch Espinoza o elo perdido entre Deus e o Ateísmo, quando sua linha de pensamento diz: que entender às leis da natureza, era o mesmo que entender a Deus.

Este texto é parte integrante, do livro de Toleran O Livro do Tolerâncialismo.

https://toleran.org

Para saber mais: https://www.toleran.org/o-que-e-o-tolerancialismo/


Artigo: Irmão Barbosa.