Um Sistema Operacional Chamado Religião
Vamos entender de forma simples como funciona um sistema operacional: Um sistema operacional gerencia o hardware e software do computador, permitindo a execução de programas e o uso eficiente dos recursos.
A religião funciona como um sistema operacional, que organiza e gerencia a maneira como as pessoas vivem, interagem e se conectam a algo maior. Essa analogia ajuda a entender o papel central das religiões em moldar comportamentos e sociedades, assim como um sistema operacional faz com computadores.
Assim como um sistema operacional conecta o hardware ao software, a religião conecta as pessoas ao divino, oferecendo uma maneira, digamos, organizada de interagir com essas ideias. Os “códigos” aplicados nessa aplicação seriam os livros sagrados de cada religião, que atuam como as “linhas de comando” que guiam todo o processo.
A grosso modo, as religiões frequentemente fornecem regras, rituais e orientações para organizar o tempo, energia e esforços dos indivíduos em prol de objetivos espirituais e sociais, como o bem-estar da coletividade ou a salvação pessoal de cada membro.
Não devemos confundir o sistema operacional religioso com os princípios divinos. Tudo que é conduzido pela mão humana tende a se corromper. Claro que existem exceções: pessoas bem-intencionadas que conseguem trabalhar fora da “Matrix religiosa” e do sistema operacional aqui apresentado.
Já os princípios divinos seguem sendo retransmitidos de tempos em tempos. É como uma água limpa que sofre contaminações ao chegar às mentes humanas, que acabam por poluí-la. O que chega aqui pode impedir que a raça humana morra de sede, mas está longe de ser uma água pura.
O que vemos, no entanto, é o velho padrão de controle e medo, exercido desde as épocas antigas, para manipular as massas por meio da má interpretação dos livros sagrados de cada religião.
O dogma gera regras, tabus e preceitos que funcionam como ferramentas de segurança, protegendo a comunidade e o indivíduo contra ações consideradas prejudiciais. Tudo que está fora do sistema operacional proposto é visto como uma força contrária, podendo ser chamado de “mal”, “diabo” ou qualquer coisa negativa. Tudo que se opõe ao dogma de cada credo será taxado como algo ruim.
As religiões servem como um sistema que conecta pessoas, promovendo comunidades e o compartilhamento de crenças, assim como um sistema operacional conecta dispositivos e softwares. Porém, quando mal utilizadas, operam com um padrão de controle que jamais aceitará outra lógica além da imposta por seus líderes.
Cada religião ou filosofia pode ser vista como um sistema operacional diferente. Assim como Windows, macOS e Linux possuem características próprias de funcionamento, religiões diferentes oferecem maneiras variadas de enxergar o mundo, com benefícios e limitações.
Também existem as incompatibilidades e conflitos: assim como programas podem não ser compatíveis entre sistemas operacionais, as crenças religiosas diferentes podem entrar em conflito ou exigir esforços para encontrar pontos de interseção.
A “Matrix Religiosa” é o grande sistema operacional que gerencia pessoas e suas ações em benefício próprio, promovendo interações entre pessoas e ideias, padronizando comportamentos. O papel central das religiões é moldar comportamentos e sociedades, assim como um sistema operacional faz com computadores.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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