Os Tesouros de Batalha, Aqui Conquistados.

Todos os tesouros de batalha conquistados no plano terreno não conseguem ultrapassar o véu da morte. Tudo que aqui conquistamos de ordem material ficará para nossos sucessores ou para outras pessoas que habitam esta terra.

Imóveis, carros, investimentos, todo tipo de posses aqui permanecem. A única coisa que levaremos são os bons momentos que conseguimos cultivar no solo fértil da memória das pessoas que nos acompanharam.

A vida é muito frágil, como um piscar de olhos, talvez até mais rápido do que isso, se comparada à imensidão do cosmos. Nosso ego nos faz acreditar que somos proprietários de alguma coisa, quando, na verdade, tudo o que conquistamos são apenas pequenos empréstimos, que nos são concedidos na tentativa de alegrar um pouco a nossa existência.

O sentimento de posse é o ópio da humanidade. Sentimos que somos donos de algo, quando, na verdade, tudo são apenas pequenos presentes, como aqueles que damos às crianças para distraí-las.

Os únicos laços eternos são aqueles que cultivamos com as pessoas através do amor. Este sentimento eterniza a corrente que nos une pela eternidade. Fora do amor, tudo é apenas um passatempo, cursos que fazemos para nossa evolução.

Tantas vezes pensei que pessoas e coisas me pertenciam, mas elas se afastaram ou eu próprio me afastei delas. Só permaneceram aquelas pessoas que verdadeiramente amei.

Não consigo contar nos dedos de uma mão as pessoas que amei e que me amaram. Analisando hoje, as pessoas que amo e que ainda me amam, percebo que o amor não está preso ao tempo. Ele é além do espaço-tempo, não segue a ordem cronológica que conhecemos; ele apenas existe, de forma incriada.

Olhando para trás, tenho plena convicção de que faria muitas coisas de maneira diferente. Mas não tenho essa oportunidade novamente. O tempo é um ativo que não admite reposição.

Não fiz muitas coisas porque sempre me dava desculpas, como: “hoje eu não tenho dinheiro para isso”. Essa foi uma das maiores mentiras que contei para mim mesmo. Quando a gente quer algo, isso simplesmente acontece. O universo proporciona meios, pessoas e oportunidades para que nossas intenções se materializem. A energia emanada reveste de matéria aquilo que desejamos.

Quando dizemos para nós mesmos que não temos dinheiro, essa realidade é materializada. O dinheiro não virá porque você está declarando a sua ausência. Talvez você me pergunte: “Como fazer algo sem dinheiro?” Aqui vai um exemplo:

Se alguém lhe dissesse: “Preciso que você venha à praia, e você tem dois dias”. O caminho até lá levaria um dia, no máximo um dia e meio, e você não tem um centavo no bolso. A resposta imediata seria: “Não posso ir, pois não tenho dinheiro”.

Agora, imagine que a pessoa dissesse: “Venha até a praia, você tem dois dias. Se chegar aqui na data combinada, eu lhe darei um milhão de dólares”. Você iria ou não?

De uma coisa eu tenho certeza: mesmo sem nenhum centavo no bolso, você pediria carona, moveria seu corpo e faria o impossível para estar na praia no prazo combinado.

Quando queremos muito alguma coisa, tornamo-nos obstinados e resolvemos nossos objetivos. Talvez você diga: “Um milhão de dólares não mudaria minha vida”. Acrescente o valor que mudaria e pergunte-se: “Eu faria esse esforço?”

Portanto, fica claro: o maior problema não é o dinheiro, mas nossa inércia diante de decisões que precisamos tomar. Uma mente focada é capaz de mudar praticamente todas as situações.

Eu poderia ter feito tudo o que queria, ou pelo menos quase tudo. A única coisa que nos limita é nossa própria mente. Se você acha que pode ou que não pode, o universo cumprirá a sua vontade.

Ganhar dinheiro é importante para a estabilidade financeira, mas fazer bom uso das nossas posses materiais é ainda melhor. No fim, o que realmente importa é aquilo que faz toda a diferença: a calmaria de uma mente e uma existência harmônica com o próprio eu interior.

Artigo: Irmão Barbosa.


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O que é o Tolerâncialismo?

O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?