A Escola do Silêncio, de Pitágoras
Pitágoras tinha uma escola iniciática que adotava a divisão em três graus: preparação, purificação e perfeição. Nos dois primeiros graus, de preparação e purificação, equivalentes ao grau de aprendiz e companheiro, a ordem era clara: calar, praticar o silêncio e a meditação, apenas pensar no que se ouvia.
No grau de preparação, equivalente ao grau de companheiro maçom, os iniciados tinham o direito de participar nas palestras dos mestres, se preparando para atingir o grau da perfeição. Somente após alcançar esse grau, o iniciado tinha o direito à palavra.
Foram necessários cinco anos apenas ouvindo e se instruindo, três anos no grau da preparação e dois no grau da purificação. Isso reforça a ideia de que aprendemos mais quando silenciamos, ouvimos e não falamos. Ficar mudo é essencial para o aprendizado.
Na escola pitagórica, o silêncio dos números explicava toda a estrutura do cosmos.
Essa fraternidade acreditava na metempsicose, ou seja, na transmigração da alma de um corpo para outro após a morte.
Havia severos códigos de descrição, lealdade e sigilo, criando um padrão matemático entre o dia e a noite, as estrelas, a música, a justiça e vários outros temas. Para eles, a perfeita harmonia só podia ser explicada pelo silêncio dos números.
“O silêncio é amigo do segredo” e ambos devem ser indissociáveis. Deve-se praticar a lealdade entre os fraternos, silenciando sobre tudo que nos foi revelado. A discrição e o silêncio são duas das maiores virtudes do maçom.
A única forma de manter o segredo e a discrição é através do mais absoluto silêncio sobre o que foi revelado. Se o silêncio não imperar, o segredo será descoberto e a discrição corrompida. Portanto, o grau 4 é consagrado ao silêncio de nossas ações.
E, para finalizar, a célebre frase do mestre Pitágoras:
“Cala-te ou diga coisas que valham mais que o silêncio.”
Artigo: Irmão Barbosa.
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