Desconfiar sempre, é o castigo de quem trai.

Em muitas conversas com várias pessoas, de diferentes crenças, etnias e raças, existe algo em comum: quem trai desenvolve um sentimento de culpa e constantemente será cobrado pela mente, que viverá lhe acusando. É como se a lei de causa e efeito fosse se cumprir a qualquer momento. O antigo ditado que diz: quem com ferro fere, com ferro será ferido se torna um grande punhal.

Pessoas que já traíram ou foram traídas têm apresentado um exagerado comportamento de desconfiança, talvez por medo de experienciarem o mesmo trauma. Essa escola pensa o seguinte: você não é o erro que cometeu, desde que se arrependa e não volte a cometer o mesmo erro. Todos merecem a redenção de suas atitudes.

O perdão é concedido. A frase: Vá e não peques mais foi dita por Jesus Cristo no episódio da mulher adúltera, registrado no Evangelho de João, capítulo 8, versículo 11.

Muitas pessoas são acusadas por suas mentes e vão ter que conviver com isso por toda a sua existência. Talvez você se encontre em um momento desses. Faça uma análise detalhada do seu relacionamento. Ele vale a pena? Se sim, não volte a cometer o mesmo erro. Se não, não seja covarde; coloque as cartas na mesa e não engane a pessoa que está ao seu lado.

Não existe crime perfeito. Uma hora a verdade é revelada. Quando quem está conosco é um companheiro ou uma companheira de vida, não devemos nos entregar às ilusões deste mundo. Todos somos falhos e sujeitos a tentações. Reflita se vale a pena trocar alguém que é para toda a vida por um simples momento de diversão.

O castigo de quem erra é sempre achar que vão errar também. A mente planta o medo da colheita, como se quem plantou a semente da traição fosse fazer a colheita mais adiante. Todos nós temos direito à felicidade, mas devemos entender que ela não pode ser construída às custas da enganação e do sofrimento de outras pessoas.

Você está infeliz? Nada te impede de correr atrás da felicidade. Não devemos ser covardes, querendo manter dois pontos ao mesmo tempo. A mentira não se sustenta por muito tempo. Talvez você diga: Ah, mas e se eu me arrepender?. Talvez se arrependa. A única coisa certa na vida é a morte. Já parou para pensar quantos anos tem vivido infeliz, só mantendo sua relação por conveniência?

Entenda que, do outro lado, pode haver uma pessoa que está tão infeliz quanto você. Será que vocês dois merecem isso? Vão esperar um trair o outro para tomar uma decisão? Se você tem dúvida se o que sente é amor, tenho que ser sincero: se um dia foi amor, já não é amor faz tempo. O verdadeiro amor é certeza, nunca dúvida.

Uma outra questão são os casais que pedem um tempo. Não devemos nos iludir nesse assunto. Tempo para quê? Quando isso acontece, por mais que a pessoa diga que não vai ficar com ninguém, isso é enganoso. Quando se pede um tempo, normalmente quem pede já tem intenções claras. Talvez alguém na relação espere, mas é certo que a outra parte não vai esperar. O tempo serve para sanar as dúvidas. E, como dito anteriormente, se existe dúvida, não existe amor faz tempo.

O mais correto é terminar o ciclo. Quando se diz: Estou tentando salvar o meu casamento, talvez uma das partes esteja, mas a outra não. Não fique com a culpa. Resolva logo o que tem para ser resolvido. Fora da caverna existe uma vida maravilhosa: um novo ambiente, novas pessoas. Talvez tudo que você procurou na vida esteja fora da caverna. Pense nisso.

Artigo: Irmão Barbosa.