A Câmara das Reflexões do Plano Superior
Tudo o que falamos sobre vida após a morte nada podemos afirmar com certeza. Apenas podemos imaginar, usando o campo da filosofia e dando asas à nossa imaginação.
Respeitando todos os livros sagrados e os crentes em seus escritos, nada podemos confirmar com a clareza de uma metodologia científica.
Nos sobra teorizar. No entanto, a ideia se alinha com um famoso princípio de René Descartes: “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo), onde ele argumenta que a própria dúvida e o ato de pensar são provas da existência do sujeito.
Se formos interpretar dentro do contexto do sonho, uma adaptação da filosofia cartesiana poderia ser: “Se existe um sonho, é porque há um sonhador.”
E se pensarmos que após a morte vamos para uma câmara de reflexões do além? Onde tudo o que foi vivido no plano terreno deverá ser refletido?
Nossas ações para com os nossos iguais, tudo o que fizemos, os erros e acertos existenciais de nossa vida, serão mostrados em um grande holograma no mundo espiritual, para que possamos aprender com tudo aquilo que fizemos aos outros e a nós mesmos.
Essa é uma ideia que soa coerente, mas apenas pode ficar no campo das ideias, pois não temos como prová-la, apenas teorizá-la.
Na literatura kardecista, na gnose de Samael Aun Weor, nos textos hinduístas e nos escritos budistas, encontramos ideias que nos são sugeridas e acabam por incorporar o conjunto particular de crenças de cada um.
Particularmente, eu romantizo a ideia de uma câmara das reflexões do mundo espiritual, onde tudo nos será mostrado. Mas essa é uma ideia que só serve para mim, jamais imporia para alguém, nem mesmo para os entusiastas de nossa filosofia, o Tolerancialismo.
Penso que tudo o que fazemos na vida deve ser refletido, para que possamos fazer um balanço e aprender com nossos erros e acertos, extraindo lições de como fazer e de como não fazer as coisas.
Tudo de ruim que nos aconteceu no passado deve servir de lição para o futuro. Assim como as coisas boas que nos aconteceram devem ser a base para novos acertos.
Sabendo o que sei hoje, muitas coisas eu teria feito de forma diferente. Teria evitado muitas tristezas e desapontamentos. Tento refletir sobre os erros de ontem para não repeti-los agora, evitando problemas no futuro.
Na minha linha de pensamento, acredito que, após o desencarne, estaremos em uma dimensão onde o objetivo principal será a reflexão sobre nossos atos nesta vida.
Um local onde seremos convidados a refletir sobre os atos de nossa existência anterior. Lá, veríamos o mal que fizemos às outras pessoas e nos colocaríamos no lugar de todos aqueles a quem prejudicamos.
Penso que seria muito inteligente fazer isso agora, enquanto estamos aqui. Por que não começar hoje? Ou melhor, que tal agora? Nada nos impede. Essa câmara de reflexões pode ser a nossa cama, um lugar onde possamos pensar em tudo o que temos feito até agora.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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