As Equivalências Entre a Arte Suave e a Arte Real
A arte suave, popularmente conhecida como Jiu-Jitsu, foi trazida ao Brasil em 1914 pelo japonês Mitsuyo Maeda, também conhecido por Conde Koma. Inicialmente, ele ensinou sua arte a Carlos Gracie. Carlos tinha um irmão franzino e de saúde debilitada, chamado Hélio.
Após muito observar, Hélio acabou criando uma técnica própria baseada em alavancas – golpes que usam todo o peso do corpo, tanto do próprio lutador quanto do adversário.
Ele adaptou a técnica ao seu corpo fraco e à sua saúde debilitada. Segundo Hélio, funcionava assim: “Funciona como o macaco de trocar pneu. Vinte homens talvez consigam erguer um carro, mas um macaco faz o serviço com mais técnica e menos força.”
Hélio Gracie foi o criador do BJJ – Brazilian Jiu-Jitsu, arte marcial que coloca seu praticante em igualdade de condições contra oponentes mais fortes, pesados e de maior estatura.
Tanto no tatame quanto no templo maçônico, a evolução é fruto do esforço e do desejo de aprender. Devemos estar presentes para receber novos ensinamentos, ouvir e aprender com os mais experientes e, por sua vez, transmitir conhecimento aos mais novos. Assim funciona no tatame e assim também se dá na maçonaria.
O aprendiz é como o faixa branca. Ele entra assustado, falta-lhe sincronia e tem medo de errar os movimentos ensinados, temendo passar vergonha diante dos outros. O avental do aprendiz, assim como a faixa branca do praticante de Jiu-Jitsu, simboliza a pureza, a inocência e o início de uma longa caminhada.
O companheiro é como o faixa azul. Ele já possui mais conhecimento que o aprendiz, domina algumas posições, mas ainda lhe faltam muitas instruções para poder evoluir.
O mestre novo é como o faixa roxa. Ele começa a desfrutar um pouco do princípio do conhecimento infinito e das instruções que lhe foram passadas.
O primeiro vigilante de ofício é como o faixa marrom. Ele já tem um tempo razoável de casa, conhece todos os cantos da loja, assim como um faixa marrom conhece cada centímetro do seu tatame.
O mestre instalado é como o faixa preta, o auge, o sonho de ter em sua cintura o símbolo e reconhecimento por tanto treinamento e trabalho, fruto de muita dedicação. Muitos pensam que, ao alcançar a faixa preta, chegaram ao final.
No entanto, a faixa preta é apenas o término de um ciclo; adiante, inicia-se um novo caminho rumo à evolução.
No Jiu-Jitsu, há um ditado: “O faixa preta é um faixa branca que nunca desistiu.” Parafraseando maçonicamente, “O mestre instalado é um aprendiz que nunca desistiu.”
Os mais altos graus da maçonaria seriam equivalentes à faixa coral vermelha e branca, que simboliza o mérito por tempo e habilidade na modalidade.
Os maçons provectos, aqueles que dedicaram sua vida ao crescimento da Arte Real e transmitiram seus conhecimentos a todos os maçons de suas e de outras lojas, são detentores da faixa vermelha com ponta dourada, grau 10 – a maior honraria e graduação possível.
Bibliografia:
Fonte: CBJJE – Sistema de Graduação
Fonte: Superinteressante – História do Jiu-Jitsu Brasileiro
Artigo: Irmão Barbosa.
+ artigos, acesse: https://toleran.org
Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
Saiba + sobre o Tolerâncialismo: