A verdadeira busca está fora da nossa zona de conforto, não se encontra nos templos onde temos familiaridade. Necessário é bater em outras portas e viver novas experiências. O entendimento sobre novas óticas estará em lugares diferentes dos quais estamos acostumados a frequentar.

Revisitando o livro: Moral e Dogma, tive um entendimento: que devemos ir além daquilo em que acreditamos talvez uma vida toda. Mesmo que, em nossa cabeça, a nossa verdade esteja formada, é necessário continuar procurando-a em outras casas. Abaixo, uma frase que expressa muito esse pensamento:

“A Maçonaria possui uma história, uma literatura, uma filosofia, suas alegorias e tradições lhe ensinaram muito; mas muito deve ser procurado em outro lugar.”
“Albert Pike.”

Nessa frase, Pike mostra um ponto de vista muito interessante. Embora seja ele um renomado escritor maçônico, responsável pela reestruturação do R.E.A.A. e um grande pensador maçônico, ele viu que necessário seria a continuidade da busca em outras portas.

Essa sabedoria é um alerta para todos aqueles que acham que chegaram ao cume da montanha. Muitos irmãos de várias religiões decoram seus livros sagrados de ponta a ponta e são acometidos pelo ego de acharem que alcançaram a verdade, sendo que apenas decoraram livros, mas não aprenderam as lições ali contidas.

Necessário é entender e extrair o néctar da letra viva. Decorar e repetir é apenas entendimento raso da letra morta, que no máximo te levará a uma boa retórica.

Que possamos sair do conforto que o ego nos personaliza, criando uma sensação de que sabemos alguma coisa, sendo que esse acomodamento é o princípio da inércia mental, que paralisará o nosso real progresso. Devemos procurar, buscar e expandir nossos entendimentos. Cada porta que tivermos a coragem de bater nos revelará uma nova centelha da verdade.

Pouco a pouco será construído um caminho mais próximo daquilo que estamos procurando. A cada porta que batemos, chegaremos a uma nova porta. E quanto mais portas tivermos a coragem de entrar, nos será revelado que, cada vez mais, sabemos pouco. Entender isso é a diferença entre achar que sabe e o verdadeiro buscador.

Artigo: Irmão Barbosa.