Fraternidade Corporativa

Fraternidade Corporativa. Idade Média, ano aproximado por volta de 1140. Época em que uma série de problemas sociais afligia os reinos europeus, nesse cenário de pobreza vive a família de Ciro Vespasiano. Filho de Giuseppe e de Angelina, sua mãe foi rejeitada por seu avô o poderoso latifundiário Giovanni Neri. Este era senhor de todas as terras o dono de uma fortuna invejável por muitos. Renegou sua filha a deixando ser criada por aldeões, que viviam de favor em seus domínios.

Rejeição essa pelo simples fato de ser deficiente física.
A vida de Ciro mudou com a morte de seus pais, quando ele chorava a morte deles, no cemitério. Ele conheceu o assustador e misterioso Senhor da longa capa Negra.

Esse espírito que vivia nas trevas, estava ligado de forma íntima à família de Ciro Vespasiano. Deixou para ele a sua longa capa Negra e um anel, e o mapa o qual levaria Ciro aos píncaros da Glória, e ao sucesso financeiro.
De Ciro Vespasiano a Ciro Neri. (Fraternidade Corporativa)
O senhor da longa capa Negra disse a Ciro: se aproxime do padre Benini e tire tudo que ele tem; Ciro não compreendeu, mas aceitou fazê-lo.

Curiosamente Ciro Vespasiano já era sondado pelo padre Benini, o qual sempre o convidava para ir até à igreja. Ciro chegara a pensar que eram outras as intenções do padre, mas seguindo os conselhos do Senhor da longa capa Negra, decidiu se embrenhar nessa nova empreitada aceitando o desafio

II

Ciro era apaixonado pela sobrinha do padre, a bela Mariana, a qual aconselhou seu tio quê o adotasse como discípulo. Mariana acreditava que Ciro era um poeta dado as belas cartas de amor que lhe escrevia.
Ciro então por vários anos se instruiu com seu mestre. Se tornando assim uma pessoa muito culta. Aprendeu vários idiomas, filosofia e até estratégias militares. Fraternidade Corporativa.

O padre Benini decidiu então tornar Ciro Vespasiano em Ciro Neri, Agora seu herdeiro legal. Ele daria todas as terras, propriedades e ouro a Ciro. De pobre aldeão, Ciro Vespasiano agora era herdeiro de um dos homens mais ricos de todo o reino. Nem o próprio Ciro acreditava na velocidade e proporção que as coisas estavam acontecendo.

O homem da longa capa negra, era o avô de Ciro, o próprio Geovanni Neri, seu espírito agoniado tentava a redenção haja vista ter abandonado a própria filha, agora apenas lhe restava o neto. A única forma de evoluir espiritualmente seria restituir a Ciro, tudo que foi retirado de Angelina.

A Iniciação de Ciro Neri.

III

Então Ciro foi iniciado como o Cavaleiro Cruzado iniciante, na ordem do Santo sepulcro. O que equivaleria a Aprendiz maçom atualmente.
Posteriormente passou ao grau de Cavaleiro Templário, E mais adiante foi ao grau de Cavaleiro Santo. A iniciação para Cavaleiro Cruzado iniciante era mais tranquila, se tratava de um cerimonial onde o era revelado o segredo. (Fraternidade Corporativa) Já o próximo grau, consistia em um violento combate armado, com escudo e espadas, aonde o cavaleiro poderia morrer Antes de concluir o teste, A própria elevação de grau de Ciro foi um combate violento, ele sofreu um corte profundo e seu adversário Teve parte do braço dilacerado.

A estrela de Ciro Neri.

IV

Ciro Neri através de negócios, conheceu um cavaleiro templário, o nome dele era Thiago Zago. Sendo este responsável por sua iniciação.
O menino Ciro tinha tino comercial apurado, e identificou que o comércio de venda de cavalos era deficiente na região, ao indagar o cavaleiro porquê o negócio não andava o mesmo lhe falou: “Por falta de investimento” então Ciro perguntou de quantas moedas de ouro precisava Para tocar o negócio. Zago lhe disse 500 moedas, Ciro sem ter o dinheiro solicitou um empréstimo ao padre Benini; E então ele e o templário iniciaram o negócio.
Em pouco tempo estavam ricos, pois, o negócio prosperou rapidamente.

Assim também ocorreu na sociedade de vinhos com o templário Lídio, e na sociedade de tecidos com o senhor Ambrósio de Milão, que tinha o alto posto de príncipe dos cavalheiros templários. Essas sociedades tornaram ele um homem muito rico, dado a sua visão e talento diferenciado nos negócios.

Sobre praticar a justiça e socorrer os necessitados.

V

Socorrer os necessitados, não é dar dinheiro ao povo, e sim providenciar instrução para que ambos possam aprender a conseguir o próprio sustento; foi o que Ciro Neri Vespasiano ensinou a todos que cruzaram o seu caminho.
Segundo relata o livro A longa capa Negra, os templários eram uma ordem que praticavam a ajuda aos seus membros. Podemos ver em um dos Capítulos, Aonde o senhor Ambrósio socorreu vários de seus irmãos; por sempre socorrer a todos a sua fonte de renda secou e ele acabou ficando em dificuldades.

Ciro Neri um Cavaleiro Cruzado iniciante, ou seja, o que na ordem dos templários equivale ao aprendiz na maçonaria dos dias de hoje, teve uma excelente ideia que veio a mudar a ordem de uma maneira muito positiva.
Ao invés de praticarem o voto de pobreza e ficarem pedindo ajuda. Ciro Neri criou uma sólida rede de comércio e parcerias, aonde os templários que eram Viajantes de todo reino, comercializariam todos os produtos que Ciro Neri tinha em parceria com os templários, Lídio, Zago e Ambrósio, ou seja, vinhos cavalos e tecidos.

Isso deu início uma poderosa rede de negócios. O que tornou Os Cavaleiros Templários uma influente e poderosa organização. Isso queridos irmãos, chamasse justiça social aonde ensinamos o povo a conseguir as coisas pelo poder do trabalho e não a ser escravo de miséria que só gera miséria.
Dando trabalho honesto aos Cavaleiros Templários, Ciro Neri conseguiu um duplo feito: socorrer os necessitados e praticar a justiça social, tornando aquele povo uma forte organização.

Frutos do trabalho de Ciro: com a renda obtida por sua visão e trabalho dos Cavaleiros, Ciro conseguiu auferir renda para inúmeros projetos tais como: socorrer as viúvas, amparar os órfãos; foram construídos vários orfanatos leprosários e escolas.

Fraternidade Corporativa

VI

O Ensinamento que tiro dessa alegoria, é que se nossa ordem se fortalecer financeiramente, poderemos ajudar muito mais pessoas; ao invés de agirmos separadamente agiríamos em grupo. Como agiu no passado Ciro, seus sócios e irmãos de fraternidade.
Ciro Neri só fazia negócios com os Cavaleiros Templários, pois, eles eram honestos e dificilmente teria problemas. Sei que os dias de hoje mudaram, mas se começarmos por nossa loja, tenho a certeza de que será um grande começo.

Se estivermos bem financeiramente, conseguiremos cada vez mais ajudar um maior número de pessoas; sem capital, infelizmente não conseguiremos ajudar ninguém.
O poder do mastermind, ou seja, a união da mente mestra, aonde várias mentes formam uma única e poderosa unidade de comando.

Ciro Neri apenas, não conseguiria tocar os três negócios sozinho. Mas escolheu especialistas em cada ramo e se associou a eles. Dessa forma colheria os lucros de três mercados diferentes, ou seja: comércio de cavalos, vinhos e tecidos.

Usando o mesmo talento de Ciro, vemos ilustres comerciantes mais atuais, como: Henry Ford, Andrew Carnegie e tantos outros. Usando a máxima do próprio Andrew, o qual está a frase em sua lápide. “Aqui jaz um homem que soube se cercar de homens melhores do que ele.”
Em resumo, como maçons somos homens de honra, e devemos nos relacionar comercialmente, e que os frutos dessas relações comerciais. Possam ajudar os nossos semelhantes, quanto mais girar a roda da abundância, mais poderemos ajudar aos necessitados.

Trabalho dedicado ao meu amado irmão Luis Octavio, ( Mestre Hakin ) e o meu mais sincero obrigado por ter me apresentado o iluminado Ciro Vespasiano. Fraternidade Corporativa.

Autor: Irmão Barbosa