A libertação da franquia do dogma.

Decidi me libertar do cárcere chamado dogma. Iniciei meu caminho na estrada das buscas, perdi o medo do desconhecido e comecei a bater em várias portas. (A libertação da franquia do dogma.)

Algumas alegraram meu coração, outras não, mas identifiquei um curioso e estratégico padrão: de uma maneira ou de outra, todas as casas que entrei, mesmo aquelas de que mais gostei, queriam me controlar.

Tinham a ideia de impor seus padrões de conduta para todos que entravam ali, como sendo a verdade absoluta. Tudo que pensasse diferente seria taxado como errado. Percebi que os homens abandonaram o sagrado, sendo que eles próprios desejavam ser divinizados.

Os líderes pensam ter evoluído ao grau de Deus. Constroem seus próprios altares e exigem de seus serviçais devoção absoluta. Não se contentam com o pouco; querem ser homenageados com os mais devotados sacrifícios, sejam eles materiais ou a submissão total de seus comandados.

O ego que deveria ser extirpado segue forte, comandando com mão de ferro aqueles que acreditam ser os chefes de algo. Os donos dessas casas exigem que seja praticada a idolatria em prol deles mesmos.


A libertação da franquia do dogma.

Decidi ser livre e formar o meu próprio conjunto de crenças, guardando para mim as melhores experiências que tive em todas as portas em que bati. Tomei a decisão de me libertar de tudo aquilo que tivesse a pretensão de me controlar. Me tornei meu próprio líder, não querendo controlar ninguém e sem querer que ninguém me siga, pois o resultado da minha busca só serve para mim. (A libertação da franquia do dogma.)

Joguei algumas sementes no solo fértil da imaginação. Apenas desejo que esses frutos estejam lá. Quem quiser que se alimente deles, se assim o fizer, estará o fazendo por vontade própria e não por qualquer tipo de imposição.

A experimentação abriu meus olhos e, com os olhos abertos, adentrei nos templos em busca da minha verdade. Entendi que cada pessoa é um universo, procurando as respostas de suas dúvidas existenciais.

O caminho da procura é solitário, mas os senhores dos sistemas vão querer lhe vender uma solução padronizada. Não querem que você escreva; apresentam um texto que eles mesmos escreveram, vendendo seus meros pontos de vista como verdades absolutas e exigindo sua conversão e total obediência. (A libertação da franquia do dogma.)

Uma espécie de modelo de franquia, onde quem não segue as regras será convidado a se retirar. Querem você como uma espécie de funcionário, que obedeça ordens e horários, sem direito de questionar.

Uma firma da fé, onde o funcionário desobediente é punido. Só querem que você obedeça e faça seu trabalho. Uma matrix religiosa que depende de ti para funcionar, fazendo valer as vontades dos patrões e fazendo você acreditar que renunciar às suas próprias vontades o conduzirá ao caminho da verdade — caminho que eles próprios construíram para ti, verdades que escreveram para te manter vendado e guiado na direção do interesse dos dirigentes.

Artigo: Irmão Barbosa.


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O que é o Tolerâncialismo?

O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?