Ações e Reações e suas Consequências

Ações e Reações e suas Consequências, Toda ação que você praticar terá uma reação igual, equivalente ou desproporcional.

No caso da prática de um ato maléfico contra alguém, se você tiver sorte e se deparar com uma pessoa que domina suas emoções, o princípio da inércia poderá ser adotado:

O prejudicado vai embora, e você temporariamente sairá impune. No entanto, mesmo que isso aconteça, você nunca sairá ileso.

A conta chegará mais tarde. Pode ser que nada aconteça em um primeiro momento, mas, no devido tempo, a fatura virá. Tudo é cobrado: ou somos nós que pagamos, ou aqueles que mais amamos — e, acredite, nessa última opção, a dor é muito maior.

Um exemplo: um pai que leva uma vida criminosa pode se safar por muito tempo. Em algum momento, sua consciência começará a lhe cobrar, e a lei do retorno poderá alcançá-lo de muitas formas. Ele pode ser descoberto e punido aqui na Terra, e mesmo que isso não aconteça, chegará o momento em que ele será convidado para o banquete das consequências.

Isso pode ocorrer de várias maneiras: pela privação do convívio com as pessoas que ele ama, ou vendo as pessoas à sua volta sofrerem aquilo que era destinado a ele. Quando somos ofendidos, temos três opções:

1. Primeira opção: revidar a ofensa e colocar mais combustível no fogo, o que aumentaria a intensidade do calor. Um simples fogareiro poderia se transformar em um grande incêndio.

2. Segunda opção: a inércia. Simplesmente não fazer nada. Quando não damos mais combustível ao fogo, ele naturalmente se apaga. Não alimentar discussões acaba por apagá-las.

3. Terceira opção: combater o fogo das discussões e problemas com sua antítese. Na grande maioria dos casos, quando jogamos água ao fogo, ele se apaga.

Aplicar os princípios da alquimia e transmutar sentimentos.

Um exemplo simples e explicativo: você está dirigindo seu carro, e alguém lhe dá uma fechada. Se utilizarmos a primeira opção, xingaríamos o indivíduo, e isso desencadearia uma troca de ofensas. O próximo passo seria a agressão física, e o que vem depois poderia ser bem pior.

Com a segunda opção, se alguém lhe der uma fechada no trânsito, você simplesmente finge que nada aconteceu e deixa a pessoa ir embora.

Você não alimentou a ação de potencial conflito, todos seguem suas vidas e vão para casa. Na terceira opção, mesmo que a pessoa esteja errada, você pede desculpas. Isso é a água sobre o fogo.

Mesmo que a pessoa esteja errada, quando você responde, dá motivos para ela validar seu comportamento errado.

Usar a lei da causa e efeito a seu favor. Quando atacados por maus sentimentos ou ações danosas, estas são as primeiras ações que recebemos das pessoas ao nosso redor. Como iremos reagir a elas é o segredo do que virá na sequência.

Analisemos a Terceira Lei de Newton:

A terceira lei de Newton, conhecida como lei da ação e reação, afirma que, para todas as forças de ação, surgem forças de reação com intensidades iguais, mas em sentidos opostos. Um corpo não pode exercer uma força sobre outro sem experimentar uma força.

Analisando essa lei de Newton, só a inércia é capaz de cessar uma reação. Quando nos retiramos de um combate — seja de ideias ou no campo físico — nós cuidamos de nosso próprio instinto de preservação.

O ego pede a vendeta; o iluminado enxerga a paz de voltar para casa, para o aconchego daqueles que ama.

O Sexto Princípio Hermético diz:

“Toda Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei.”

Um exemplo simples:

Se não cuidarmos da nossa alimentação (causa), certamente teremos problemas de saúde (efeito). Se não regarmos uma planta diariamente (causa), ela terá mais chances de morrer (efeito).

Quando alguém começa uma discussão acalorada conosco, temos as opções citadas no início deste texto:

Opção 1: alimentar o fogo e criar um incêndio. Opção 2: cortar o combustível e deixar a discussão morrer por falta de alimento. Opção 3: a transmutação dos sentimentos. Por exemplo: Se sua mulher começa uma discussão sem pé nem cabeça, e você alimenta isso, um pequeno foco de fogo poderá desencadear um grande incêndio.

Se você simplesmente ficar quieto e não alimentar o fogo, o calor da discussão, pouco a pouco, não encontrará alimento e se apagará.

Caso opte pela Terceira Opção, aqui vai um exemplo muito simples:

Certa vez, depois de uma tarde maravilhosa, a mulher iniciou uma discussão sobre algo bobo e sem sentido. Conforme o homem ia retrucando (ou seja, alimentando o fogo), o diálogo foi ficando mais acirrado, e foram adicionadas ao contexto situações do passado, mágoas, ressentimentos e todo tipo de lembranças negativas.

O marido quase bateu o carro e começou a se sentir mal. Um acidente quase aconteceu. Dias depois, voltando de um restaurante, novamente a mulher iniciou um assunto indesejado.

Desta vez, o marido estava preparado: ele apenas ouviu e não retrucou. Em poucos minutos, o casal voltou à normalidade. Nessa segunda situação, o fogo não foi alimentado.

Em uma terceira oportunidade, novamente a mulher começou com conversas indesejadas. O homem, então, fez uma surpresa: desviou o trajeto e presenteou sua esposa com algo que ela queria há algum tempo.

Isso a desarmou completamente. Ela recebeu a antítese daquilo que estava oferecendo, ficou sem graça e pediu desculpas.

Sempre que pagamos o mal com o bem, as pessoas ficam desconcertadas, pois não esperam por esse tipo de tratamento. Essa é a verdadeira transmutação que deve ser feita.

Receber sentimentos ruins e tratá-los com sentimentos bons. Ao ser xingado no trânsito, você sorri e pede desculpas. Ao ser confrontado por sua esposa, que traz à tona uma conversa de muito tempo atrás, você lhe oferece uma rosa e diz que a ama.

É difícil? Claro que é! Mas devemos fazer escolhas. Se quem está ao nosso lado vale a pena e queremos que essa pessoa permaneça conosco, por que não tentar?Responder à altura é o fogo que consumirá a todos.

A inércia é uma boa ação, um ótimo remédio. Transmutar o ruim em bom, pagando o mal com o bem, é a cura

Irmão Barbosa.


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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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O que é o Tolerâncialismo? – Toleran o Livro do Tolerâncialismo

O que é o Tolerâncialismo?

O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?