A libertação do Cárcere da Nossa Personalidade.

Nascemos condicionados a um padrão que a sociedade nos impôs. Queremos que tudo seja para sempre, ambicionamos a eternidade de coisas e pessoas que nos rodeiam.

Se pensarmos logicamente, veremos que tudo está inserido em períodos cíclicos, nós amamos nossa família, mas um dia ela nos deixará, ou mesmo nós a deixaremos primeiro.

No grande teatro social da vida, são escritos os papéis de cada um, ora você interpreta o pai, o filho, o avô, os três ao mesmo tempo, às vezes você é o patrão, o empregado, o cliente, você tem a sua profissão, seu nome, sua religião, o seu jeito de ser, e isso tudo é a sua personalidade.

O sentimento de posse é o ópio da humanidade, o pior de todos os narcóticos, pois te dá a entender que não é uma droga, que você não está viciado, os padrões que foram escritos para você seguir, soam como regras tranquilas de uma normalidade.

Tudo que você está apegado é esse ópio, e quando alguma dessas coisas é retirada de você, os efeitos da abstinência são avassaladores, sua própria existência será questionada pelo juiz mais implacável que existe, você.

Devemos entender que todas as pessoas são livres, que irão trilhar os seus próprios caminhos, e que não existe nada que possa ser feito em relação a isso.

Quando o sol atinge o zênite, inicia-se o ciclo da decadência de sua luz, não devemos estar apegados a nada, pois a transitoriedade é a única certeza de todas as coisas e pessoas.

O grande sistema formatou o programa que roda em nossas mentes, por isso tudo se torna tão difícil, para aceitarmos os lapsos temporais, se pensássemos de uma forma um pouco diferente, exemplo:

Não vou me apegar tanto, coisas e pessoas tem um prazo de validade, cuidarei mais de minha saúde, focarei mais nas coisas que gosto de fazer, farei feliz o meu coração.

A frase que direi, parecerá ser um pouco egoísta, mas quando focamos mais em nós, os outros ficam um pouco menos importantes, não dar toda a importância talvez seja o segredo para não estar tão apegado.

Um pai extremamente apegado aos seus filhos, sofrerá muito quando estes constituirem família, e diminuirem drasticamente a quantidade de visitas. Deve haver uma preparação lenta e gradual para o desapego, saber que os filhos vão crescer, e que irão fazer igual você fez com os seus pais, a repetição do ciclo, o que aconteceu no passado deve nortear as lições para o futuro.

Constantemente devemos estar nos preparando para perder, e entender que nem toda a perda, necessariamente vem para destruir sua vida, às vezes elas são necessárias para limpar o caminho, que permitirá que siga na estrada rumo a tua evolução.

Cultiva teus bons momentos com alegria, porém sem manter a esperança de que eles se repitam pela eternidade, a cada vez que lhe for permitido a rememoração, faça com alegria, curta apenas o momento, agradeça, faça o melhor que puder, comemore a cada vitória, e esteja preparado para cada derrota, ganhar e perder faz parte da vida.

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Este Artigo: É parte Integrante de: O Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.

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Artigo: Irmão Barbosa