Charles Mallory Hatfield: Mago, Louco ou Cientista?

Charles Mallory Hatfield (1875-1958) ficou famoso como o “Fazedor de Chuva” após sua polêmica tentativa de acabar com a seca em San Diego, em 1916. Ele utilizava uma mistura secreta de produtos químicos que, segundo ele, induzia a chuva ao liberar vapores na atmosfera. Sua fórmula nunca foi revelada, e ele a carregou consigo até sua morte.

O momento mais marcante de sua carreira foi o acordo com San Diego. Ele prometeu encher o reservatório de Morena em troca de $10.000. Após construir sua torre, chuvas torrenciais começaram, culminando no colapso de represas e enchentes devastadoras que causaram danos generalizados e dezenas de mortes. A cidade recusou-se a pagar Hatfield, alegando que o desastre foi natural e não resultado de sua intervenção.

Tudo que é feito e acontece no campo material, e mesmo assim a ciência tradicional não consegue explicar, é taxado de charlatanismo, magia, ocultismo, bruxaria ou qualquer outra palavra que tenta invalidar a manifestação de forças desconhecidas da ciência. Esse caso, em especial, possui registros de época, e mesmo assim o ceticismo impera.

Rabinos cabalistas utilizavam orações e rituais baseados na Cabala para atrair chuvas, acreditando na conexão entre o mundo físico e os mundos espirituais. Um exemplo notável foi em 1999, quando 50 místicos judeus em Israel realizaram um ritual para acabar com uma seca severa, que resultou em chuva horas depois. Essas práticas incluíam jejuns, recitações de textos sagrados e invocações divinas, com base na sabedoria da Torá e na crença de que suas ações estavam alinhadas com forças superiores.

A ciência moderna é cética quanto às alegações de Hatfield. Alguns consideram suas práticas um precursor rudimentar da semeadura de nuvens, mas sua eficácia real é questionável. Sua história permanece envolta em mistério, levando à seguinte reflexão: Charles Hatfield era um cientista visionário, um charlatão explorando pseudociência, ou um homem das ciências ocultas?

Artigo: Irmão Barbosa.