Um Deus na concepção de Einstein e Spinoza seria a proximidade da somatória de quase todas as leis do universo, um Deus sem arquétipos, uma energia primordial. Devemos lembrar que a energia talvez tenha criado tudo o que conhecemos até hoje; facilmente essa energia poderia criar o arquétipo que desejasse. Eis a grande peça do universo com a humanidade.
A ciência é uma tentativa de rememorar os pensamentos do princípio criador, de tentar entender como “pensou” o princípio arquitetante. O físico Stephen Hawking observou que “os valores desses números parecem ter sido muito bem ajustados para tornar possível o desenvolvimento da vida.” Embora ateu, Hawking sugere que a complexidade matemática necessária para o funcionamento do universo dá a impressão de que tudo está organizado de uma forma intencional. Sem essa organização e um princípio pensante, como chegaríamos até aqui? Eis a pergunta a ser respondida.
Talvez Deus seja a somatória de todas as energias existentes, a harmonia que organiza a dualidade, o princípio criador e, ao mesmo tempo, o princípio organizador, que impede a aniquilação no encontro entre matéria e antimatéria, o equilíbrio que gera ordem sobre o caos.
Tudo que é finito pode ser categorizado pela observação de coisas maiores, demonstrando assim sua finitude. Finito é tudo aquilo que você conhece e que pode ser explicado por meio de outra coisa. Já a substância primordial incriada é a causa de si mesma, aquilo que constrói tudo o que existe; você não explica essa substância, ela se explica por si própria.
Para que o processo da criação se iniciasse, algo foi colocado em movimento, seja a menor partícula existente ou qualquer outra coisa além do nosso entendimento. A ciência diz que algo se expandiu, o que, pela lógica, implica no cessar da inércia. Para que isso acontecesse, é inegável que houve uma força exterior causadora, que produziu o movimento de algo. As posteriores construções e todo o conjunto de leis que as regem dependem desse movimento inicial. Por trás desse complexo conjunto, existe um princípio organizador, que coloca tudo em ordem e movimento.
Artigo: Irmão Barbosa.
Continuação do artigo, na próxima postagem, 5/7
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