Nem sua fé é sua
Nem sua fé é sua. Vamos analisar: você foi influenciado pelos seus pais, parentes, amigos e pessoas do seu círculo de convivência. Eles também foram influenciados pela mesma sequência que citei acima.
A fé deles foi moldada e formatada por pessoas com o interesse de controle. Leia-se: líderes religiosos. O manual foi escrito com o velho padrão clássico de controle, onde, se você fizer o que eles quiserem, ganha o paraíso, mas, se não fizer, será punido.
Por que eles escreveram isso? A resposta é simples: controle! Ensinam que, se você não for bom e não seguir as regras, será duramente punido. Esse mecanismo chama-se “freio moral”. Serviu para que as pessoas não se matassem e não cometessem um grande número de barbaridades.
Os dirigentes das religiões foram além. Impuseram esse padrão como ameaça para aqueles que não se sujeitassem aos seus desígnios.
O conjunto das coisas que você acredita veio de suas necessidades. Seus bisavós foram doutrinados, seus avós, seus pais e agora você. Formataram um manual de submissão chamado “livro religioso” de cada religião e o entregaram aos seus ancestrais, até chegar a você.
O mais chocante é o seguinte: as pessoas não estão orando para Deus, mas buscando um senso de conforto, algo que as livre das penas pregadas pela religião. Você não está buscando Deus, está buscando a salvação de algo terrível. A conexão com o Grande Pai de todos não exige intermediários.
Mas, infelizmente, o que acontece é outro cenário. As pessoas, desesperadas por esse contato, se entregam nas mãos de líderes e precisam de mestres que as orientem. Por isso, dizemos o seguinte:
É necessário buscar em vários caminhos. As pessoas precisam ter contato com várias escolas — leia-se religiões, filosofias de vida e muitas experiências — para que, depois de terem vivenciado muitas experiências, possam obter a real libertação que vem do verdadeiro contato com o divino.
A manada segue acreditando em textos antigos que, em sua grande maioria, foram escritos por homens que tinham um único objetivo: controlar outros homens.
E assim você continua vivendo, não pela busca da Verdade, mas apenas pelo medo de estar errado. Temendo o castigo eterno e as várias punições descritas em tantos livros, sendo que nenhuma delas pode ser comprovada.
Segue vivendo um roteiro que foi escrito por outras pessoas. Vive escolhendo pelas escolhas de pessoas que nunca conheceu verdadeiramente e, nesse exato momento, se perde, deixando de fazer suas próprias escolhas.
Questionar sempre é teu sagrado direito, mas você tem abandonado isso. Prefere ouvir a palavra de homens que dizem ser representantes de Deus, deixando de ter uma experiência direta. Continua vivendo pela experiência de pessoas que alegam ter falado com Deus. Nesse momento, você deixa de ouvir sua própria voz interior e se guia pelas vozes de pessoas que nunca viu na vida.
Talvez essas pessoas sejam piores do que você, mas você as diviniza, chamando-as de “homens de Deus”.
Errando ou acertando, homens e mulheres devem fazer suas próprias escolhas. Só assim serão livres e conhecerão a verdade, não a verdade imposta pelos manuais escritos para controlá-los, mas sua própria verdade existencial, resultado da busca por suas experiências. Essa é a verdadeira liberdade.
Sua fé deve ser construída com base no seu próprio e particular conjunto de crenças. Essa é a libertação da “matrix religiosa”, a busca que te libertará da cadeia de submissão imposta à sua ancestralidade. Bem-vindos à sua nova fé, meus irmãos.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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