O Arquétipo, a Conexão com os Provedores.

O Arquétipo, a Conexão com os Provedores

O poder dos arquétipos se manifesta através de quase todas as religiões e sistemas de crenças, onde elevamos nossas preces ao princípio criador. Nossa inteligência terrena, através de nossa experiência humana, nos faz idealizar a ideia de Deus na figura arquetípica de um pai amoroso que cuida de seus filhos.

Entendemos que o supremo criador do universo, o grande pai de todos, também criou muitos criadores, sendo estes co-criadores junto com ele.

Ao elevarmos nossos pensamentos a Jesus, Buda, Alá, Anjos, Arcanjos, Orixás, estamos, de alguma forma, direcionando essas intenções ao divino. Os arquétipos são simplesmente nossa forma de direcionamento de intenções para o desconhecido. Esse é um meio que a nossa limitada inteligência terrena manifesta para tentar conectar nossa fala e conversas com as esferas superiores.

As religiões utilizam variados arquétipos para canalização de nossas intenções, visando o contato com inteligências superiores às nossas. A grande conversa cósmica através dos arquétipos é o nosso meio de comunicação com o divino.

Palavras carregadas de materialidade, desprovidas de sentimento, acreditamos que não conseguem percorrer a conexão. As energias se conectam através de sentimentos não egóicos. Nossas vibrações, carregadas de bons sentimentos e boas intenções, essas sim nos conectam com o grande provedor.

A conversa e a manifestação com energias superiores se dão pela concentração de nossa mente em um ponto central, leia-se o arquétipo.

Não existe o certo ou o errado; onde você concentrar sua mente e houver um desejo ardente, ali se manifestará a sua intenção, seja através de uma imagem, foto ou construção mental que idealize alguma forma.

Em parte da visão junguiana, os arquétipos são uma herança psicológica, algo adquirido através das gerações. As visões anteriores influenciam na real ideia do arquétipo. Vejamos:

Anteriormente, eu via a imagem de Baphomet com horror: um bode humanóide, com seios e chifres, sua face horrenda, as patas de bode, asas… tudo aquilo me amedrontava. A união das mentes que me cercavam associava aquilo com o demônio.

Após estudá-lo profundamente, descobri que se tratava apenas de uma figura com muitas simbologias. As patas tocando o solo significam o elemento terra; as escamas em seu abdômen, o elemento água; as asas, o elemento ar; e as chamas nos chifres, o elemento fogo.

Associam erroneamente a figura desse bode à maçonaria, sendo que, em templos maçônicos, nada existe ou se menciona sobre ele. Talvez essa associação se deva ao fato de que Eliphas Levi era maçom, e, pelo menos até onde sei, essa figura aparece no livro Dogma e Ritual da Alta Magia, sendo Eliphas o possível autor da primeira aparição desse personagem.

Após me livrar das crendices populares, pude me libertar da figura que me aterrorizava. Hoje, tranquilamente, ela poderia estar em uma parede no meu quarto, e não faria diferença alguma.

A mente dá poder ao arquétipo. Existem seitas que usam a figura de Baphomet para rituais macabros, feitiçaria, satanismo e toda prática de baixa magia. Em determinadas ordens, Baphomet é utilizado como guardião do conhecimento iniciático, apenas uma esfinge guardiã.

Em resumo, o resultado de suas crenças e onde você direciona sua mente tornarão o arquétipo benéfico ou malfeitor de suas intenções.

A ideia de mal para uns pode ser o arquétipo que funciona para outros. Um caso interessante é a história do irmão Hanoy:

Um charuto, para muitos, é associado a algo ruim, um vício. Nosso irmão diz que, ao acender um charuto, ele canaliza suas energias e transmuta as energias ruins em boas. O arquétipo do charuto, para ele, serve para transmutar.

O Bhagavad Gita tem uma ideia interessante, onde menciona o seguinte:

“Dotada com tal fé, a pessoa procura favores de um semideus particular e obtém seus desejos. Mas, na realidade, esses benefícios são outorgados unicamente por mim.”

A pergunta que repasso aos irmãos:

Vocês acreditam que quem realmente atende os seus pedidos são os arquétipos nos quais acreditam ou a energia primordial criadora do universo?


Artigo: Irmão Barbosa.

Dedicado ao Irmão Hanoy, do oriente de Cuba.

O que é o Tolerâncialismo?


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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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O que é o Tolerâncialismo?

O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?