O Zohar, livro místico do judaísmo, conhecido por revelar antecipadamente vários mistérios que a ciência veio confirmar séculos depois, diz o seguinte:
“Antes que qualquer forma tivesse sido criada, Deus estava só, sem forma e semelhante a nada. E porque o homem não é capaz de conceber Deus como ele realmente é, não lhe é permitido representá-lo.”
Um Deus sem forma nos remete aos elementos primordiais do início do universo. A ciência acreditava que nós éramos feitos de pequenas moléculas, que por sua vez são feitas de átomos, os quais são compostos por partículas menores como prótons, nêutrons e elétrons. Entendia-se, então, que não existia nada menor que isso. Mas será que essa linha estava correta? Errado.
Entre os anos de 1950 e 1960, os cientistas descobriram a existência de partículas ainda menores, até então consideradas indivisíveis, que foram batizadas de partículas elementares (ou fundamentais), como os quarks, neutrinos e bósons.
Segundo pesquisadores do Laboratório Fermilab, nas proximidades de Chicago, Estados Unidos, o quark pode não ser a menor partícula. Embora tido até então como o tijolo fundamental da matéria, pode ser que futuramente a ciência prove a existência de partículas ainda menores.
Foi então descoberto o bóson de Higgs, uma partícula elementar mediadora do potencial de Higgs, responsável por atribuir massa a outras partículas elementares, como os elétrons e os quarks.
Estudos ainda sugerem a existência do vácuo quântico, conceito que a ciência materialista propõe. Esse tema será explicado mais adiante neste artigo.
Se entendermos que todo esse complexo sistema, independente do tamanho ou de futuras possibilidades de divisões, nos leva ao entendimento de que, desde os primórdios, falamos de uma energia primordial, pois tudo aqui mencionado trata-se de energia.
Talvez Deus fosse essa energia primordial, que sempre existiu e até então estava adormecida. O átomo inicial ou o que o precedeu são explicações científicas para a criação do universo. Em determinado momento, essa energia desperta e começa a criar todas as coisas, a começar pela criação das leis que regem o universo. Colocar tudo de forma organizada seria o despertar da consciência divina?
O Caibalion diz: “O todo é mente, o universo é mental.” A linha de pensamento de que Deus sempre existiu, seja através de partículas elementares que criaram o universo, ou de um nada absoluto, no qual não sabemos se havia partículas que não podíamos detectar, nos deixa com a hipótese da energia.
Artigo: Irmão Barbosa.
Continuação do artigo, na próxima postagem, 4/7
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