Dizer que o nada não produz nada ganha novas perspectivas com o avanço da ciência. O que entendemos por “nada” é chamado pelos físicos de “vácuo quântico”, que não é exatamente um vazio pleno.
Observamos que existe uma ordem harmônica entre átomos, prótons, elétrons, nêutrons e todos os tipos de partículas detectadas até hoje, bem como uma ordem e harmonia no funcionamento do corpo humano.
O físico Stephen Hawking, em seu livro The Grand Design, afirma que o universo pode ser explicado sem Deus, pois o universo teria se criado a partir de um vácuo quântico. Essa é uma visão compartilhada por muitos ateístas.
Aqui, falamos de uma energia primordial que sempre existiu no chamado vácuo quântico, adormecida desde os primórdios e que, ao despertar, começa a criar tudo. Essa “grande luz” inicia a produção de matéria e expande o universo. Nessa ótica, o universo pode ser explicado através de Deus, uma grande consciência que estava adormecida e despertou.
A linha de pensamento de Hawking possui uma limitação lógica: como algo inexistente pode se formar por si mesmo?
Pensar no universo como uma totalidade pode ser limitante. E se existissem zilhões de universos? O todo seria mental, e o universo, uma expressão mental. Nosso entendimento ainda é raso e incapaz, tentando quantificar o que é inquantificável.
Mesmo que fosse possível remover todas as partículas, ainda existiriam os campos quânticos no vácuo, que permanecem em estado fundamental. Esses campos flutuam porque a energia não é realmente zero, apenas não é grande o suficiente para alcançar um nível quantizado que crie uma partícula.
Essas flutuações nos campos, às vezes, podem gerar uma densidade de energia em um ponto específico, grande o suficiente para que uma partícula possa surgir a partir desse quase-nada — não um nada absoluto, mas um “quase nada”.
Se considerarmos que essa energia sempre esteve presente, ocupando todos os espaços ao mesmo tempo, estaríamos falando de uma energia onipresente, regida por leis muito bem organizadas, que operam por mecanismos de alta complexidade. A física quântica nos dá a compreensão de um princípio criador, que coloca toda essa criação em funcionamento.
Artigo: Irmão Barbosa.
Continuação do artigo, na próxima postagem, 3/7
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