Reflexões Sobre a Morte

I

Reflexões Sobre a Morte. Descrita de várias maneiras, pelas mais diversas religiões, a morte confunde o imaginário popular, o certo é que quem morreu nunca voltou para contar o que realmente acontece.

Talvez seja a morte semelhante a um pesado sono, ao estarmos dormindo, não temos consciência do que acontece a nossa volta, essa seria uma brilhante explicação, mas apenas fica no campo das suposições.

Talvez a continuidade da vida terrena, se dê em outra dimensão, no andar de cima ou no andar de baixo, como pregam diferentes religiosos.

Existem aqueles que acreditam no nada, que a morte finaliza o ciclo e tudo se acaba, a matéria voltará para a natureza de onde veio, e assim se reinicia o ciclo da continuidade.

Existe a linha de pensamento, que os mortos estão apenas descansando e serão ressuscitados, mas o que dizer daqueles que a matéria já foi absorvida pela própria natureza, não sobrando se quer ossos, músculos ou ao menos fios de cabelos?

A matéria já está transformada em outro corpo orgânico da própria natureza, os mais fervorosos diriam:

Para Deus nada é impossível, e temos que respeitar essa declaração, assim como temos que respeitar o ateu, todos os pontos de vista, que mesmo antagônicos aos nossos, merecem o benefício da dúvida e o respeito da convicção que foi depositado por seus adeptos.

II

Todos os caminhos que ajudam o próximo levam a Deus, parábolas de estradas estreitas e largas, ilustram a dificuldade de estar no caminho certo, colocando regras rígidas, que simplesmente são sistemas de controle de líderes a seus seguidores.

Muitos religiosos seguem seus livros sagrados, mas não praticam a caridade, não ajudam o próximo em dificuldade, não estendem a mão nas horas difíceis, do que adianta seguir todo o conjunto de regras, e não socorrer o teu semelhante na hora do infortúnio?

Somos a imagem e semelhança do criador, ao ajudarmos nossos queridos irmãos, rendemos culto de adoração a representação de Deus aqui na terra, que são nossos fraternos espalhados pelo orbe terrestre.

Se faça a seguinte pergunta:

Deus acolheria em sua casa o religioso que seguiu uma cartilha com normas e regras e que nunca prestou socorro aos seus iguais, ou a acolheria aquele que cuidou dos seus filhos aqui na terra.

Como somos a imagem e semelhança de Deus, entendo que um pai terreno, teria mais consideração por aquele que cuidou de seus filhos, e em segunda opção o burocrata.

Mas são apenas linhas de pensamento, que visam clarear pontos de vista que se encontram na escuridão da dúvida. O que se segue após o término de nossa vida biológica?

Na antiguidade, corpos eram sepultados com seus pertences, como se vislumbrassem uma vida após a vida terrena, os egípcios tinham rituais funerários elaborados e complexos, aonde se preparavam para uma nova vida após essa.

III

Notemos que os padrões dê juízo final e julgamento, são presentes em várias religiões, o mesmo ator interpretando diferentes papéis, seja no antigo Egito, ou na crença judaico-cristã, e tantas outras.

A velha lenda do barqueiro Caronte, que recebia as moedas para o transporte dos corpos, existem religiões que se preocupam mais com os vivos e dão pouca abordagem aos mortos, resumindo com a seguinte frase:

voltou para o seio de Abraão.

Já no Zoroastrismo, é proibido que os corpos sejam enterrados, são colocados nas Torres do silêncio, as aves de rapina comem os restos mortais, também acreditam na ressurreição dos mortos, a dúvida que fica, e se essa ressurreição será o despertar do espírito que dorme, ou a reconstituição total do corpo orgânico.

Céu e inferno, ou plano superior e inferior, e até um novo estágio, o purgatório uma espécie de punição para crimes menores, tudo isso relatado em diversas religiões e suas subdivisões.

No entendimento da doutrina espírita, a morte é o desprendimento do espírito do corpo físico, habitantes de uma ilha no Pacífico, acreditam que a vida termina aos 40 anos, e que após essa data começa o ciclo da morte, o filósofo Sócrates dizia que a filosofia era preparação para a morte.

A reencarnação é falada no Budismo, Hinduísmo, Kardecismo, e em outras religiões, que são citadas de diferentes formas, mas todas falam que existe algo além da morte física.

Entre o tecido que envolve o recém-nascido, e a madeira que envolverá o corpo do falecido, existe a vida, que é a arte de resistir a morte, ocupando-se de algo a fazer, a vida no corpo material é movimento, e a morte física é inércia, portanto se movimente e cuide para que suas obras lhe tragam salvação, caso seja verdade a meritocracia celestial, que pregam os profetas e mestres de cada religião.

IV

Seria a morte o espelho da vida? observemos o axioma hermético:

“Assim como em cima, é embaixo. Assim como embaixo, é acima.”

Tem entendimento que tudo que acontece aqui embaixo, leia-se planeta terra, acontece nas esferas superiores, sendo que somos cópias esmaecidas dos seres celestiais.

Talvez as religiões ofereçam soluções, que aplaquem o medo da mortalidade, vendem uma solução da qual nunca foi comprovada a eficácia, tentam explicar problemas que não podem ser resolvidos, em nosso plano terreno, são paradas frente ao muro da materialidade.

Nos resta acreditar na providência divina, entregar nossos caminhos há forças desconhecidas, a luz branca diante de ti se aproxima, porque só a sensação da morte nos repele o ego? Não poderíamos nos livrar desse mau sentimento no auge de nossas forças?

Talvez seja convidado na hora de tua morte, a ver o filme de tua vida, se isso acontecesse hoje, quais as cenas lhe viriam a cabeça, foram boas as coisas que praticastes? que tipo de filme verias?

Na hora da partida se encontraria assustado com a passagem, pensaria nos que já se foram, e como seria bom se eles viessem te receber, dando lhe o amparo necessário, velhos mestres que te orientaram pela vida.

O livro tibetano dos mortos, fala da luz que se põe na tua frente na hora da partida, sendo essa energia vital de todas as coisas, entrega-te a essa luz, você faz parte dela e ela é parte de ti, sugere uma fusão, de nossa micro centelha com o todo.

V

A existência do grande vazio, aonde seu espírito flutua desencapado de carne ou de qualquer tipo de matéria, todo seu capital intelectual flutuante e viajante na velocidade do pensamento.

O Silêncio do vazio, convida-te a fazer uma meditação, talvez privado de pensamentos, talvez desperto, talvez dormindo com sono pesado apenas sonha, sonho que não depende de ti como no mundo dos vivos, ao dormir não percebe nada a tua volta.

A luz convida-te a se unir com ela, apenas é pedido que tenha fé, e pule rumo ao desconhecido para que faças parte dele agora.

Este momento permitirá que enxergue as coisas como realmente são, pura energia, mesmo os objetos sólidos são pura energia em estado maciço, experimentarás muitas novas sensações, muito das imagens que viste, estarão dentro de ti, por isso é bom que sempre, vejamos boas imagens, tudo que fica em nossa mente volta para nos visitar, para tanto é bom que guardemos apenas as coisas boas.

Você se tornou seu próprio xamã, tudo que vê, está dentro de ti, você invoca, exorta, incorpora ou afasta, tudo que se apresenta a sua frente, pois, estão dentro de seu íntimo.

Boas e más imagens se apresentarão diante de ti, o líder espiritual de si mesmo nada deverá temer, tens o controle enfrenta os teus demônios, depois de compreendê-los, você os superará.

Imagine o seguinte cenário:

Desprendido de teu corpo, você flutua, e uma consciência diferente da tua diz:

pare de procurar por quem tú eras, essa pessoa já não existe mais, olhe para essa imagem, e se abre um holograma a tua frente, e se depara com outra pessoa vivendo uma nova vida, em situações totalmente diferentes de sua realidade anterior, pouco a pouco você entende que aquela outra pessoa será você.

O quão desesperador seria isso para ti? vendo-se sem alternativa, você se entrega a luz branca, se fundem em uma só energia, aceita e se conforma com tua realidade, adormece e atinge a iluminação.

Ou quem sabe lhe seja apresentada, novas possibilidades de outras vidas. Alternativas de novas experiências, para que possa evoluir, viver histórias, sensações e percepções que nunca tenha vivido anteriormente?

Até na apresentação desses tipos de vida, teria consciência de sua vida anterior, mas depois todas suas memórias seriam apagadas, recomeçarias sem lembrar de tua anterioridade, acharia justo esquecer de tudo que viveu no passado?

Ou preferes a ideia, de que possa voltar na melhor época de tua vida, para reviver os momentos mais felizes de que desfrutastes, ou quem sabe poder transitar em diferentes linhas de tempo, viveria aonde a mente lhe transporta-se, seja no presente, passado ou futuro, se pudéssemos ir para diferentes épocas de nossa vida, e repetir todos os bons momentos, será que isso seria uma benção ou uma maldição? talvez repetir pela eternidade só as coisas boas, as torna-se chatas, repetitivas e enfadonhas.

VI

Sem as adversidades como poderíamos evoluir? quem sabe as variações entre alegrias e decepções, levantar e cair, vitórias e derrotas, sejam a combinação perfeita para que se mantenha o equilíbrio.

Teorias semelhantes:

E se o dito primeiro livro da humanidade, estiver certo, e seu destino seja se apresentar diante do Deus do julgamento, e de seus 42 juízes, sendo absolvido teria todas as maravilhas possíveis, sendo condenado um castigo horrível lhe aguarda.

Ao sair de teu corpo e após cruzar o portal da passagem, teu espírito se vislumbra com a grande luz, assustado retorna para a matéria que abandonastes, mas antes de chegar no esquife, seus guardiões o trazem de volta.

Começa a peregrinação pela escuridão, e os desafios que terá que enfrentar, quem o guiará, terá coragem de mergulhar no desconhecido? Atravessas as portas do além, dissipasse as trevas me torno aquilo que sempre contemplei.

O que garante que, o que entendemos por vida terrena, não seja uma outra dimensão, e que na realidade estejamos todos mortos, e que o morrer, na verdade seja o despertar para a verdadeira vida.

Ou estejamos condenados ao eterno ciclo de nascimento morte, renascimento, como o sol que todo dia nasce e se põe, e volta renascer novamente pela manhã.

Para ando iriam todas as memórias daqueles que já se foram? tudo estaria arquivado nos registros akashicos? cada fala, pensamento e ações, presente passado e até mesmo o futuro, estariam todos guardados em uma espécie de um grande servidor universal?

Ou todas essas informações estariam condenadas ao vale do esquecimento? são questões como essa que intrigam a mente de tolos e gênios.

O tempo sem dó e nem piedade já absorveu seus filhos mais ilustres, imagina nós, a única forma de superar a morte, seria pela obra que possa inspirar os homens, e que de geração em geração, os frutos dessa obra, possam germinar no solo do imaginário dos próximos, só assim conseguirás transpor o abismo do esquecimento, caso o plano etérico não seja uma realidade.

O próprio ciclo da natureza, se encarregará de usar a nossa matéria, para criar novas coisas, tudo que é material pode ser reciclado, e transformado em outras formas.

VII

Não te importes do que farão com teu invólucro corpóreo após tua passagem, te importe somente para que os frutos de tuas obras aqui na terra, sejam tão bons e louváveis, que tua chegada na eternidade seja comemorada com festa por teus antepassados, e por todos que souberem de teus feitos terrenos.

A morte é um processo da natureza, assim como o nascimento e o crescimento. Teme-lá ou reclamar não mudará nada, é como uma viagem para um lugar que nunca fostes, só lhe resta relaxar e aproveitar a paisagem.

Há nenhum ser terreno, é possível escapar dos ciclos: vida, nascimento, morte, doença e velhice. Todos vivenciaram essas experiências.

Nosso invólucro corpóreo, é apenas artigo transitório, que tem permissão de abrigar o nosso espírito, até o término dessa viagem de experiências.

A morte é o grande marco limitatório, que separa os homens dos deuses, quando atingires os píncaros da glória, lembre que tu és apenas pó, e que voltará para natureza de onde saístes, o corpo volta para a natureza, e o espírito volta para o criador.

Porém, quando começares a entender os mistérios desse cosmo, saberás é aprenderás, a ser um conquistador da morte, transitará entre ela e a vida o espaço e o tempo, sem as limitações terrenas.

O terminar da vida terrena, é o começar da vida eterna, todos os segredos dessa vida que hoje vives na materialidade, estão e lhe serão revelados na vida futura.

Apenas foram apresentadas linhas de pensamentos, que foram bebidas em diversas fontes, algumas misturadas com outras, não seguindo necessariamente a mesma ordem ou lógica, apenas a fusão de ideias e cenários, que convidam a você a formular as tuas próprias ideias, parecidas, diferentes, ou mesmo totalmente antagônicas a essas.

Ao experienciar a morte através de nossa família, começamos a entender a finitute de nossa própria vida.

A partida é triste para quem fica, e lacrimejante para quem vai, a dor de deixar tudo aquilo que se ama, talvez possa ser consolada pela esperança do reencontro, reencontrar aqueles que partiram antes de nós.

O filme de nossa vida passando na tela da memória, os grandes e marcantes momentos, para alguns, a missão se resta incompleta, para outros deixam esse plano com a sensação do dever cumprido.

A evolução e o desprendimento dos padrões do mundo, o amor dos que partem para os que ficam, formam laços indestrutíveis, o que a virtude uniu a morte nunca pode separar.

O amor deseja o bem de quem fica, sendo que esse sentimento supera tudo, apenas deseja o bem da pessoa amada, não envolvendo sentimento de posse, mas desejando o melhor da vida para quem fica.

VII

O desejo do reencontro com aqueles que amamos, para rememorar os momentos vividos, deve ser o último desejo da grande maioria das pessoas.

Talvez o ser humano morra muito parecido, com o jeito que ele viveu, quem vive com tristeza no coração, talvez morra triste, ao passo que quem viveu uma vida feliz e plena, parta do mesmo jeito que viveu nesse plano.

Talvez tudo se resume no seguinte desejo: como gostaríamos de ser lembrados. O rio segue seu curso até desaguar no mar.

Talvez a verdadeira morte seja o que estamos fazendo aqui nesse plano, experienciando uma morte, quem inicia o processo no nascimento, posteriormente morre o bebê e nasce a criança, depois morre a criança e nasce o adolescente, por seguinte morre o adolescente e nasce o adulto, morre o adulto e nasce o velho, e por final: morre o velho e liberta-se o espírito para verdadeira vida.

E se você morresse hoje! que falta você faria para as pessoas que convivem com você, talvez vão chorar um dia ou dois, uma semana, um mês? depois disso a vida retorna ao seu ciclo natural, as pessoas te esquecem e o esquecimento esse sim, é a morte verdadeira.

Mas enquanto lembrarem de você, ai sim a vida continua, a vida é o som das palavras entoadas em tua memória, ao passo que a morte é o silêncio sepulcral do nada absoluto.

Mesmo a natureza que um dia nos absorverá, essa também será absorvida pela natureza maior, como um buraco negro que matéria nenhuma consegue escapar.

Não podemos lutar contra as leis da natureza, que chance teria um homem contra um furacão ou um tsunami? a mesma chance de um bebê levado pela força das correntezas de um mar revolto.

A compreensão das leis da natureza, que tudo tem um início, um fim e um meio, e que a materialidade é apenas um limitador terreno, ao nos elevarmos ao desprendimento do corpo, quando os ossos se desprenderem da carne, aí nascerá o filho do todo, que irá de encontro com a magnitude de seu pai.

Sempre estaremos presos ao ciclo de envelhecimento, doenças e morte, de nosso corpo físico. Talvez um aprendizado, um eterno lembrete anunciando: sic transit glória mundi.

VIII

Parece que tudo se trata de uma eterna volta para casa, nossa substância orgânica volta para a mãe terra, e nosso espírito repousará no silêncio celestial do nada absoluto, a quem creia no reencontro e quem acredite no grande espaço silencioso.

Imagine que quando a pessoa morra, seja permitido a ela acessar os momentos aonde ele foi mais feliz, uma espécie de reencontro com seus entes queridos, ou mesmo o acesso ao futuro, aonde possa encontrar a versão futura das pessoas que deixou no presente e passado.

Talvez a liberdade de nosso espírito sem o invólucro corpóreo, nos de acesso a viver em várias linhas de tempo, dessa forma a dor da separação, seria facilmente superada. A dor de quem ficou seria apenas uma parte da realidade.

Talvez uma forma de experienciar a morte na condição de vivo, seja exercitarmos a mente, no sentido de deixarmos para trás aqueles que amamos, imaginar uma vida futura sem o nosso passado, um recomeço de novas experiências. Quando se renasce apagasse um livro e recomeçamos outro, novas páginas existenciais serão escritas.

Se por alguns segundos, você esquecer de tudo e todos, e só imaginar uma nova vida sem o seu passado, talvez essa seja uma forma, de ter experienciado a morte.

Talvez uma meditação, onde você se imagine em outra dimensão, e lembre de todos, mas não possa mais velos, seja uma forma de experienciar a morte, ou mesmo que possa ver tudo e a todos, mas não possa falar ou ser visto por ninguém, também possa ser uma forma de ter uma experiência com a morte.

Certa vez ouvi um budista discursar sobre um assunto bem interessante, ele falava a seguinte frase: morra antes de morrer, dizia que precisamos estar preparados para o momento de nossa morte, disse que no momento da passagem, nós nos apegaremos a nossas memórias, e falaremos mais e os nossos planos nossa família nossos filhos, e aí é onde está a ilusão, pois, os planos a família os filhos nunca foram nossos.

Segundo monge devemos ter em mente que tudo aqui vivido, foi apenas temporário e emprestado, devendo ser empregada a seguinte linha de pensamento: antes não era meu, e agora voltará a não ser meu, isso se aplica a filhos, pai, mãe, marido, mulher, negócios, e todo e qualquer tipo de projeto.

A clássica pergunta o que faria agora? A resposta é: porque sempre foi feito desde sempre, todos seguem em frente. Pois, as pessoas existiam antes e vão continuar existindo depois.

O mundo não irá parar com a morte de definitivamente ninguém, o mundo e as pessoas seguem em frente.

IX

Livrar-se dos apegos, tranquilizar a psiquê, ter clareza, fazer o direcionamento da mente, para bons pensamentos e bons sentimentos, para que estes possam nortear o seu novo nascimento.

Em suma o melhor dos cenários, seria morrer com os pensamentos imersos, em sentimentos de gratidão, por todas as boas experiências aqui vividas, focando nas boas ações que você praticou, para um recomeço harmonioso.

Todas as confusões mentais que irão se apresentar, devem ser rechaçadas pelas boas atitudes praticadas aqui, por isso a importância de ser bom nesse plano, para ter um renascimento tranquilo, O monge também disse sobre apontar a mente para onde se queira ir, particularmente isso me fez pensar muito.

Pensei que o juízo final pode ser o julgamento de nossa própria mente, aonde acusadores e defensores, sejam as boas e as más atitudes que praticamos nesse plano terreno, a mente seria o grande tribunal, desempenhando papéis, como o advogado de defesa e o promotor, o juiz o grande observador, que dará o veredito.

X

Independente de qualquer coisa, pessoalmente acredito, que quanto mais bem podemos fazer em prol de nossos semelhantes, isso nos ajudará na estrada do desconhecido, acumular dharma, para que o coração pese menos que a pena.

Aqui no ocidente o conceito de morte é finito, sendo que no oriente, a morte significa terminar um ciclo e iniciar outro, subir a outro nível, um recomeço.

A cultura ocidental entende morte como final, ao passo que outras culturas, a vida não deixa de existir, ela continua como se fosse uma nova história.

Para chegar à determinado ponto, é necessário sair de onde se encontra, não é possível conhecer um novo lugar sem sair de onde você está, como experiênciar novos sabores, vistas, sensações sem o deslocamento, para ganharmos algo precisamos perder algo.


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Artigo: Irmão Barbosa