Agora que a terra cobre meu corpo, e o silêncio é a única companhia do meu espírito, do que vale tudo aquilo que conquistei?
Minhas conquistas materiais ficam, não podem me acompanhar. Apenas geram cobiça e disputas entre pessoas que nada fizeram para consegui-las.
Se eu soubesse que era assim, não teria gastado meu tempo acumulando posses. Teria sido um colecionador de bons momentos e de agradáveis experiências.
Ah, se eu tivesse mais tempo, o mais valoroso de todos os bens, teria feito diferente. Mas o tempo é o único ativo que não pode ser reposto.
O que eu fui, eu não sou mais. O que eu tinha, agora pertence aos outros. Nada que é da matéria atravessou o véu da morte comigo.
A vida e a morte são igualmente irônicas. Quando se vive, esquecemos das coisas que nos fariam companhia na morte. E quando se morre, lembramos das coisas que deveríamos ter feito.
Réquiem
Artigo • Irmão: Barbosa
+ artigos, acesse: https://toleran.org
Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
Saiba + sobre o Tolerâncialismo: