Síndrome do pequeno poder.
Normalmente acomete pessoas frustradas com sua vida e suas precárias condições de trabalho. A síndrome do pequeno poder oferece ao indivíduo uma sensação de controle, onde ele pode ou não permitir algumas coisas, sentindo uma pseudoautoridade e um grande prazer em mandar, como se fosse uma espécie de autoridade naquela regionalidade.
Características
Elevado abuso de autoridade: Usam seu pequeno poder para impor suas próprias vontades, mostrando superioridade dentro de seu ecossistema. Às vezes, possuem apenas um pequeno poder de veto, como decidir quem pode ou não entrar, e acham que isso os torna poderosos. Tratam mal as pessoas e demonstram falta de educação.
Falta de empatia: Desconsideram os sentimentos e necessidades dos subordinados ou pessoas ao redor. Criam uma falsa liderança, querendo ser o centro das atenções. Normalmente são pessoas frustradas em suas vidas pessoais, descontando nas pessoas ao seu redor.
Comportamento autoritário: Excesso de regras ou decisões arbitrárias. Costumam criar suas próprias normas para potencializar seu pseudo poder, agindo como se fossem autoridades. Tornam-se hostis quando contestados.
Necessidade de validação: Buscam constantemente reconhecimento ou respeito por meio do controle. Argumentar contra elas é motivo de conflito. Essas pessoas amarguradas tentam se autoafirmar constrangendo quem as cerca.
Esse conceito reflete mais questões emocionais e psicológicas do que o poder em si. Muitas vezes, pessoas com essa síndrome têm dificuldades de autoestima e usam o poder como forma de compensação. Suas frustrações pessoais levam-nas a descontar suas insatisfações nos outros.
Exemplo prático
Por muito tempo, fui cliente de um mercado onde usava o banheiro ocasionalmente. Certo dia, uma funcionária me abordou dizendo: “O senhor não pode entrar aqui, é proibido”. Calmamente, respondi: “Todo estabelecimento deve ter banheiro para seus clientes”. Ela retrucou: “Mas o senhor não pediu para usar. Aqui tudo tem que passar por mim.” De forma bem-humorada, comentei: “Me desculpe, não sabia que precisava da sua bênção para usar o sanitário.”
A funcionária se alterou visivelmente, demonstrando raiva. Então, com respeito, aconselhei: “Filha, trate bem as pessoas. Use carinho em suas palavras, e tudo ficará mais fácil. Atitudes como a sua afastam o respeito e o carinho das pessoas.”
Esse episódio exemplifica como a síndrome do pequeno poder pode se manifestar em atitudes triviais. Imagine alguém assim no comando de uma grande corporação, tomando decisões críticas? Seria, sem dúvida, perigoso.
Conclusão
As pessoas acometidas por essa síndrome agem com desproporcionalidade em relação ao pequeno poder que possuem. Exemplos disso podem ser vistos em diversas áreas, como um guarda de trânsito que inventa infrações para demonstrar autoridade. O ditado antigo ilustra bem: “Dê poder ao homem e saberá quem ele é.”
Essas pessoas são dignas de pena, pois, em suas vidas pessoais, geralmente carecem de poder ou apoio. Para lidar com elas, use o raciocínio lógico, mantenha a calma e siga em frente. Ignorar comportamentos assim é muitas vezes a melhor solução.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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